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::Sala de Tiro::
Gendai Yakuza: Hitokiri Yota
Título(s) Alternativo(s): Street Mobster, Modern Yakuza: Outlaw Killer
Título Nacional:
Direção: Kinji Fukasaku
Elenco: Bunta Sugawara, Noboru Ando, Mayumi Nagisa, Asao Koike
Ano: 1972
País: Japão
Duração: 88 min
Sinopse: Bandido forma uma gangue após sair da prisão e decide desafiar os mais importantes grupos mafiosos da cidade pelo controle.
Comentário
Não existe final feliz para os bandidos no cinema, e não é por uma questão de moralismo. Quem leva uma vida errante só encontra redenção na morte. Este é o caso de Isamu Okita (Bunta Sugawara), o protagonista de Gendai Yakuza: Hitokiri Yota. Nascido e criado nas ruas de um subúrbio, filho de uma alcóolatra e prostituta, integrante de gangues de rua desde moleque, e fanático por brigas e mulheres, Okita não conhecia outra coisa na vida a não ser o crime.

Após passar cinco anos na prisão, encontra um Japão drasticamente mudado e reúne uma turma de vagabundos e pequenos marginais, para tentar, inutilmente, enfrentar a poderosa máfia Yakuza. Numa variação do tema Yojimbo, porém sem qualquer resquício de heroísmo, caráter ou vitória, Okita faz um joguete com duas quadrilhas ao mesmo tempo, aniquilando por completo a trégua que existia até então, e inaugurando uma era de violência ininterrupta no submundo.

Violento (com o maior número de navalhadas no rosto que eu já vi num filme de gangsters!) e anárquico, o filme traz um protagonista que consegue a proeza de ser carismático e malvado ao mesmo tempo, chegando ao cúmulo de estuprar uma mulher com sua gangue, e namorar com ela posteriormente!

Digirido pelo maior mestre do cinema policial japonês, Kinji Fukasaku, falecido em 2003, e estrelado por Bunta Sugawara, marcando a primeira de várias parcerias entre os dois, Gendai Yakuza: Hitokiri Yota é o duro retrato de um japão pós-guerra. O forte de Fukasaku sempre foi a crítica social, sendo que se especializou no gênero “crime” numa época em que os estúdios só investiam em dramas e filmes de samurais. Responsável pela série Guerra Sem Solidariedade (Jinji Naki Tatakai / Battles Without Honor & Humanity), considerada a correspondente japonesa da trilogia O Poderoso Chefão, Fukasaku, ao contrário de seus compatriotas, não desenvolve um cinema de narrativa lenta. Dono de um estilo próprio, contrastando ângulos extremos, imagens congeladas, e um ritmo quase frenético, ele é uma das grandes influências de Quentin Tarantino e Takeshi Kitano.

Embora tardiamente conhecido no Ocidente, no Japão Fukasaku sempre fez muito sucesso, pois pela primeira vez o povo japonês via nas telas a realidade do país pós-guerra, repleto de corrupção, criminalidade, pobreza e falta de esperança. Depois de realizar somente três filmes nos anos 90, o mestre voltou com tudo em 2000, realizando mais um sucesso, o polêmico Batalha Real, que conta a história de um professor (interpretado por Takeshi Kitano) que leva 42 alunos para uma ilha e os obriga a se matarem uns aos outros!
Heráclito Maia
24/02/2005
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- HK Flix - Xploited Cinema
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