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| ::Rango de Boteco:: |
| Equinox |
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Título(s) Alternativo(s): The Beast
Título Nacional:
Direção: Denis Muren, Jack Woods
Elenco: Edward Connell, Bárbara Hewitt, Frank Bonner, Robin Christopher
Ano: 1970
País: EUA
Duração: 80 min
Sinopse: Dois casais de jovens viajam até a floresta para fazer um piquenique e visitar seu professor. Lá encontram a cabana do homem toda destruída, um guarda florestal chamado Asmodeus e uma cópia do famigerado Livro dos Mortos. Demônios conjurados e possessões demoníacas também fazem parte do programa. |
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Não, você não leu errado. A sinopse do nosso filme de hoje não só é muito parecida com o famoso A Morte do Demônio,, como ele foi a base para o clássico de Sam Raimi. Tudo começou em 1967, quando alguns estudantes de cinema realizaram um filme barato de terror chamado Equinox para conclusão do seu curso. No comando estava Dennis Muren, que alguns anos mais tarde faria parte da equipe de Star Wars e se tornaria um dos maiores nomes em efeitos especiais de Hollywood. Três anos mais tarde, um sujeito chamado Jack Woods pegou o projeto de Muren, filmou novas cenas, remontou tudo e lançou comercialmente com o novo título de The Beast. A principal diferença entre os filmes era um novo personagem chamado Asmodeus interpretado por ... Jack Woods. Este mesmo Woods seria o escritor da continuação de A Bolha lançada em 1972.
A versão aqui resenhada será a de Jack Woods, então vamos lá. O filme começa com David, um dos jovens em fuga desenfreada pela floresta após sobreviver a uma violenta explosão. Chegando até a rodovia mais próxima, ele é atacado por um automóvel sem motorista (!) , sendo depois resgatado por uma dupla de policiais que passavam pelo local. Um ano mais tarde o rapaz está internado no sanatório quando um repórter aparece em busca de uma matéria. Como o cara está perturbado e incapacitado de falar coisa com coisa, o profissional abelhudo pede ajuda ao médico do rapaz. Por sorte o maluco havia gravado sua trágica história logo quando chegou ao hospital e assim voltamos até aquele dia fatídico.
Ficamos sabendo que David e mais três amigos decidiram fazer um piquenique e visitar o local de pesquisa do Dr. Waterman. Chegando lá descobrem a cabana do professor completamente destrúida e encontram Asmodeus, um misterioso guarda florestal que lhe diz que Waterman com certeza deve estar em segurança em algum lugar. Não sei quanto a vocês mas se alguma vez encontrar um sujeito de nome Asmodeus em minhas andanças por aí, dou no pé no mesmo instante. Muito preocupados com o paradeiro do professor eles fazem uma rápida busca pelo local até verem um castelo inacessível no alto de uma montanha. Nossos intrépidos heróis resolvem investigar uma caverna onde eles encontram um cadáver apodrecido e um velhinho xarope que lhes presenteia com uma edição luxuosa do famoso Livro dos Mortos. Não é todo dia que se ganha um desses, então eles resolvem ficar com o tomo maldito.
Eis que Waterman resurge, rouba o livro das mãos dos garotos e sai correndo feito uma vaca louca. Não demora muito ele tropeça, bate a cabeça contra as pedras e vai pro saco. Agora bem mais interessados no livro do que com o falecido mestre, eles deixam o corpo inerte de Waterman para trás e decidem então abrir a bíblia dos mortos, onde acham as anotações do professor. Elas dizem que o livro tem o poder de conjurar bestas demoníacas, e que o mal presente naquele vale só poderá ser neutralizado com o auxílio de amuletos místicos. Somente Susan - uma das garotas - possui um crucifixo, por isso eles resolver fazer alguns de acordo com as escrituras usando gravetos. Para deixar as coisas ainda mais estranhas do que já estavam, o castelo desaparece de cima da montanha. A turma resolve fazer como o desenho do Scooby-Doo e se separa para descobrir pistas, mas nisso Asmodeus aparece e ataca Susan tentando possuí-la (não no sentido que você está pensando !) usando um anel dourado e caretas mais do que constrangedoras. Felizmente Susan estava com seu crucifixo e consegue escapar do cramulhão.
Chegamos enfim a parte que interessa. Asmodeus resolve invocar seus demônios para atacar a garotada e recuperar o Necronomicon. A boa notícia é que os monstrengos são bonecos animados pela técnica de stop motion - menos um troglodita azul de quatro metros de altura que é feito por um ator. As outras três criaturas restantes são muito bacanas, apesar dos efeitos toscos, onde temos um molusco gigante, um gorilão monstro e um demônio alado com o rabo em forma de tridente. Conforme a nossa aventura vai chegando ao clímax, os ataques de Asmodeus vão se tornando ainda mais intensos, com novas tentativas de possessão (com mais caretas ridículas) até o confronto decisivo com o guarda florestal tinhoso. Espere também pela típica surpresa reservada ao final do filme.
Não bastasse a semelhança da trama com A Morte do Demônio, existem outros elementos roubados que são facilmente identificáveis. Logo nos créditos inicias aparece a imagem de um velho relógio com o pendulo parado, temos a figura do gravador (muito importante no filme de Raimi) e claro, o crucifixo da namorada do protagonista, que não deixa nenhuma dúvida de que algum dos responsáveis por A Morte do Demônio deve ter visto Equinox/The Beast. Que fique bem entendido que o filme aqui resenhado não grande coisa, o trabalho de direção é sofrível, os atores são péssimos, resumindo, ele não possui a qualidade e o impacto do seu copiador. Trata-se sim de um filme feito por estudantes (e depois aproveitado por um picareta sem talento), mas que dentro de suas limitações é muito divertido de se assistir. Nem que seja para descobrir de onde foi que o Sam Raimi, Robert Tapert e Bruce Campbell tiraram tanta inspiração assim. |
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| Leandro Caraça |
| 26/03/2005 |
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