(Esta é uma resenha-bônus.)
E pra variar, mas um filme estrelado pelo nosso pequeno amigo Chumbinho. Esse talvez seja o filme mais conhecido desse verdadeiro astro de pornô-podreiras do cinema tupiniquim (tanto que até aparece trechos dele num filme do cineasta Carlos Reinchenbach). Ainda que não seja tão engraçado quanto Fuk Fuk à Brasileira (se bem que nada é), é diversão garantida para os que buscam um cinema mais alternativo. E doentio.
O filme em si tem uma história bem simples e curta (tanto que a duração é de uma hora apenas), sustentando-se mesmo nas piadas de extremo bom gosto. Uma cidade decadente vê a oportunidade de se mostrar ao mundo quando um vampiro anão começa a atacar pessoas na praça central (o engraçado é que a música "sinistra" do fundo é roubada do filme Rocky - Um Lutador, muitíssimo conhecido por suas músicas góticas e assustadoras). A cena em que o prefeito (interpretado pelo velhinho tarado Bim-Bim, constante colaborador do genial Sady Baby) liga para seu assessor pra avisar da novidade encontra-se num dos monólogos mais toscos e engraçados da história do cinema nacional.
Basicamente a trama para por aí, com um caçador atrapalhado correndo atrás do vampirinho (que ganha a simpatia do impalador ao mostrar que é banguela, por isso passa fome) enquanto situações absurdas acontecem, como uma garota que vai fumar um baseado em cima de onde o vampirinho está dormindo e, ao começar a apalpar a terra, sente um pequeno objeto roliço surgindo do chão. Sem contar que o filme antecipa aquele comercial da Ray Ban, e mostra que, se o Chumbinho
usar óculos escuros, a luz do Sol não será mais um problema pra ele. Há uma cena que envolve o vampirinho, o caçador e uma mulher menstruada, mas falar mais estragaria uma das mais finas e tocantes cenas que só o humor de bom-gosto da Boca do Lixo poderia proporcionar.
|