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::Sala de Tiro:: |
44 Minutes - The North Hollywood Shoot-Out |
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Título(s) Alternativo(s): 44 Minutes - The North Hollywood Shootout
Título Nacional: Direção: Yves Simoneau Elenco: Michael Madsen, Ron Livingston, Ray Baker, Mario Van Peebles Ano: 2003 País: EUA Duração: 103 min Sinopse: Dois homens fortemente armados, após saírem de um assalto a banco, atiram nos policiais que tentam impedir sua fuga durante 44 minutos. Baseado
nos eventos ocorridos no dia 28 de fevereiro de 1997. |
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Se a gente não soubesse que esse filme é baseado em fatos reais, não daria pra acreditar na história desses dois ladrões de banco que se vestem com coletes à prova de balas e, munidos de armas pesadas, saem atirando em quem aparecer no caminho. Lembrei de Elefante, que narra o genocídio em Columbine - até o destino final dos ladrões é parecido com o dos garotos da escola. Assim como o filme de Van Sant, 44 Minutes em certas horas lembra um videogame, desses em que você tenta de todo jeito matar o bandido e ele não morre.
O filme, feito para o canal a cabo FX, não aprofunda muito bem os personagens dos tiras da SWAT e deixa um certo mistério em relação aos dois homens que entraram nesse jogo suicida. Quem eram eles, afinal? Por que surgiu a idéia do assalto? O que mais se aproxima de um aprofundamento é a apresentação dos personagens de Michael Madsen e Mario Van Peebles. Do personagem de Madsen, o filme mostra um pouco da intimidade dele com a esposa e em seguida a preocupação dela ao ver o noticiário; de Van Peebles, o filme o apresenta de maneira um pouco moralista o seu lado cristão, ao mostrá-lo entregando uma Bíblia pra um garoto que poderia se tornar um criminoso se continuasse naquela vida. Há também no final do filme um tom de heroísmo e de exaltação à polícia de Los Angeles que chega a incomodar um pouco.
O formato do longa é semelhante ao de um documentário, com depoimentos das pessoas que tiveram alguma participação no tiroteio - os atores, e não os verdadeiros policiais -, entrecortando as cenas de ação. Falando na ação, não tem como a gente não se perguntar porque os policiais não atiravam logo na cabeça dos assaltantes, já que era a parte do corpo deles que estava mais desprotegida. Quanto aos 44 minutos de tiros, eu estava esperando um filme que bateria o recorde de Fervura Máxima, de John Woo, que ainda é o filme que mais tem som de balas que eu já vi. 44 Minutes até tem umas pausas entre os tiros.
Outra coisa interessante desse filme é que as locações utilizadas foram as mesmas dos lugares onde aconteceu o tiroteio. Dizem que até os ângulos de câmera foram semelhantes aos mostrados na televisão. No geral, é um filme interessante, que tem um ritmo muito bom e garante o interesse até o final, mas que decepciona um pouco quando termina, deixando uma impressão de superficialidade. |
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Ailton Monteiro |
18/03/2005 |
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