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| ::Bye Bye Brazil:: |
| O PalÁcio dos Anjos |
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Título(s) Alternativo(s): The Palace of Angels
Título Nacional: O Palácio dos Anjos
Direção: Walter Hugo Khouri
Elenco: Geneviève Grad, Adriana Prieto, Rossana Ghessa, Joana Fomm, Norma Bengell
Ano: 1970
País: Brasil
Duração: 96 min
Sinopse: Bárbara, depois de resistir ao assédio sexual do patrão, é despedida da firma. Ela recebe, então, uma proposta de uma mulher que lhe promete rios de dinheiro se ela aceitar aderir à prostituição de luxo. Uma vez que o negócio vai bem, ela mesma monta o seu próprio bordel de luxo em seu apartamento. |
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Walter Hugo Khouri foi um dos cineastas mais bem sucedidos do Brasil. Ele não era muito bem visto pelos cinemanovistas e já foi chamado de imitação de Antonioni ou diretor de pornô-chic. Mas poucos diretores brasileiros tiveram uma obra tão autoral e tão pessoal quanto esse cineasta paulista. Ele já se revelava um grande contador de histórias em Estranho Encontro (1958) e teve repercussão mundial com a realização de Noite Vazia (1964), filme que mostrava o vazio existencial e a busca desesperada de prazer de dois homens e duas mulheres numa noite. A influência de Michelangelo Antonioni era evidente. Nos anos 70 e 80, o conteúdo erótico de seus filmes foi se ampliando e se tornando cada vez mais explícito. Por isso, alguns de seus trabalhos se confundiam com as pornochanchadas que estavam na moda na época. Alguns filmes eram mesmo bastante apelativos. Mas quem teve o prazer de ver nuas em seus filmes algumas das deusas do cinema brasileiro com certeza não reclama nenhum pouco. Khouri desnudou Vera Fischer, Xuxa, Denise Dumont, Lúcia Veríssimo, Cláudia Liz, Monique Lafond, Milla Christie, Monique Evans, Christiane Torloni, entre outras.
O Palácio dos Anjos tem como musa principal a belíssima francesa Geneviève Grad, mas o filme apesar de ter um teor erótico bem acentuado não se destaca por cenas de nudez. É um filme de transição da carreira de Khouri, situado no meio dos filmes de inquietação espiritual e os de maior apelo sexual. Além de Geneviéve, contribui com sua beleza e sensualidade Adriana Prieto, atriz das mais importantes da cinematografia brasileira, tendo trabalhado com cineastas como Arnaldo Jabor, Roberto Santos, David Neves, Domingos de Oliveira e Nelson Pereira dos Santos.
O filme se inicia com o rosto de Geneviève comtemplando o mar, enquanto chega um navio. Sua expressão não é de alegria ou de ansiedade, mas de uma certa indiferença. Corta para algum tempo no passado, quando o filme mostra todo o processo que uma mulher leva para tornar-se prostituta de luxo. Desde a vontade de ganhar dinheiro e sair da crise financeira, passando pelo medo de tornar-se vulgar, até a autoconfiança e a aptidão para administrar negócios. No ramo da prostituição, o sexo vira um negócio, um serviço prestado como outro qualquer.
O VHS lançado no Brasil está com a imagem boa, mas tem aquele velho problema do som, que pode atrapalhar um pouco a apreciação desse filme, que é tão
rico na construção dos diálogos. Na época era comum os filmes serem dublados, mas no caso de O Palácio dos Anjos, a dublagem fica mais evidente
por causa da presença de uma atriz francesa. Mas quem já está acostumado a ver filmes italianos não vai se sentir incomodado. |
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| Ailton Monteiro |
| 22/03/2005 |
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