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::Cine-Apelação::
Sei Ju Gakuen
Título(s) Alternativo(s): Convent of the Sacred Beast, School of the Holy Beast
Título Nacional:
Direção: Norifumi Suzuki
Elenco: Yumi Takigawa, Yayoi Watanabe, Hayato Tani, Fumio Watanabe
Ano: 1974
País: Japão
Duração: 91 min
Sinopse: A jovem e decidida Mayumi entra para o Convento de St. Clores a fim de elucidar todo o mistério por trás da morte de sua mãe, uma antiga freira do local. Atividades nada condizentes com as normas da igreja tem lugar no convento e a garota logo se verá em apuros neste antro de perdição.
Comentário
School of the Holy Beast pertence ao peculiar gênero cinematográfico nunsploitation, onde freiras e noviças mandavam os votos de castidade pro inferno e caiam todas na farra. Da mesma forma que as palavras do santo evangelho foram transmitidas aos quatro cantos do globo, países cuja maioria da sua população não fosse cristã, como o Japão, contribuíram produzindo filmes estrelados por essas pecadoras esposas de Cristo.

No geral as produções nunsploitation procuravam menos relatar a hipocrisia da igreja e os horrores da inquisição do que faturar em cima de imagens exemplares mostrando freiras e padres tarados copulando atrás do confessionário. Para um estilo de natureza tão apelativa, não chega a ser surpresa alguma que certos diretores bastante polêmicos como Pasolini e Almodóvar chegaram a flertar com o gênero.

Norifumi Suzuki, um dos mais representativos nomes do cinema apelativo japonês dos anos 70 - autor do infame Beautiful Girl Hunter, entre outros monumentos da baixaria - realizou um trabalho bastante expressivo com School of the Holy Beast. Aqueles eram os dias onde filmes desta ordem se permitiam ao luxo de terem uma direção de arte arrebatadora e momentos quase poéticos. Em certa hora uma das personagens é açoitada sem piedade por suas companheiras de hábito com ramalhetes de rosas cheios de espinhos com as pétalas das flores dançando na tela de forma majestosa. Toda essa perfumaria não quer dizer que o filme também não esteja repleto de heresia com cenas de autoflagelação, lesbianismo, estupro e generosos closes nos seios das mais belas moradoras do convento.

O início do filme apresenta a protagonista Mayumi aproveitando seu último dia de liberdade antes de entrar para o convento. Ela assiste um jogo de hóquei, joga fliperama e faz amor com um desconhecido que acabara de conhecer no parque. Mais tarde esse mesmo rapaz será de uma grande ajuda a Mayumi, quando a garota o pede para fazer uma visitinha noturna a uma pobre freirinha que havia sido castigada por guardar pecaminosas fotos de nus e que nunca na vida havia experimentado os prazeres do sexo. A figura mais estranha do filme fica por conta do cardeal (de aparência idêntica ao monge russo Rasputin) que possuí atitudes pouco religiosos tipo estuprar uma das irmãs por ela roubar dinheiro da igreja.

A atriz Yumi Takigawa nunca mais tirou a roupa num filme depois de School of the Holy Beast mas o espectador não pode reclamar muito, uma vez que a nudez do cinema japonês sempre teve limitações quanto a não poder mostrar pêlos púbicos ou órgãos genitais. O impacto do filme também acaba sendo suavizado porque as freiras japonesas daqui não se comparam com as freiras muito mais liberadas do nunsploitation italiano e de outros países mais familiarizados com a repressão e culpa católica.

School of the Holy Beast não se compara aos mais apelativos exemplares de nunsploitation, assim como as suas cenas de tortura e violência não chegam aos pés da famigerada série japonesa Joy of Torture realizada anos antes. Apesar disso tudo, e também por possuir qualidades inegáveis, o filme garantiu seu merecido lugar no ciclo cinematográfico menos preferido da Igreja Apostólica Romana.
Leandro Caraça
02/03/2005
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- Putrescine
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